01/01/10

E se o dia fosse sempre o das cores de chuva com sol? Se tivesse sempre aquele dourado que devem encontrar os que partem deste mundo, sabendo ao que vão? E se não houvesse aniversários, nem bolos, nem velas, nem lua prateada à noite, por entre as nuvens de onde saiu a chuva, de dia? Que perguntas faremos quando nos cansarmos de colocar pontos de interrogação na vida? Haverá sempre uma mão a fazer girar o mundo, sem eixos, sem paralelos, meridianos ou pontuação, livre, sem nunca cair. Um dia terei talvez coragem para me reinventar nessa redentora desobediência. E se o que escrevo fizesse sentido? Talvez um dia e duvido que esse dia seja hoje.
Feliz 2010.

2 comentários:

Graça Brites disse...

Pois a sua forma de falar do que não faz sentido tem, pelo menos para mim, todo o sentido, cem sentidos, mil sentidos, todos os que eu quiser dissecar. Portanto, como podemos ler naqueles pacotinhos de açúcar que circulam por aí, hoje é o dia. Todos os dias são dias para nos reinventarmos. Se tiver que ser através da redentora desobediência, pois então, lá terá que ser.

Um Feliz Ano Novo, cheio de sentidos e sem sentido nenhum.

Graça Pires disse...

Faz sempre sentido o que escreve um poeta.
Beijos.