06/04/08

A fronteira nunca traçada entre a verdade e a mentira, entre o sonhado, pesadelos ou sonhos consoladores, e o vivido, neste Baudolino...
O prazer de escrever livremente, o poder ser a personagem que está frente ao teclado, deixando de lado o homem que sou e carregando com ele todo.

Talvez esteja na hora de parar, talvez de vez. Talvez não.
Talvez esteja esgotado o espaço deste álbum de recortes, ou lá o que isto é. Talvez os que aqui passam precisem de repouso, de um sono revigorante face aos lugares comuns que se amontoam em palavras já demasiado castigadas pela vulgaridade e pelo não se saber dizer melhor o que passa pela mente...
Todas as palavras escritas, os lamentos todos, todo o medo, toda a volúpia da morte, todas as personagens, as suas lágrimas todas, toda a ficção, a realidade toda, o cansaço do não resolvido, a impaciência e a ansiedade face ao futuro que chega a cada segundo que passa.

22 comentários:

inês miguéis disse...

alguém, um dia, me disse: nunca me despeço da noite, mas acordo sempre com o desejo de um novo dia... aprendo sempre com quem tem algo para me ensinar. que possas entrar no teu ansiado futuro sem nada por resolver.

un dress disse...

não te percas por

aí.

senão um pouco. só...

/ às vezes pensar...

não é grande coisa ou não é

a coisa

necessária...








beijO

jguerra disse...

Meu caro, nunca te despeças. Soltar palavras é soltar-nos a nós, soltar nossos nós.
Espero encontrar-te aqui em breve.
Um abraço

blue disse...

"(...) a impaciência e a ansiedade face ao futuro que chega a cada segundo que passa."

a mim, parece-me o começo extraordinário que surge depois de um fim. se assim for, que seja o melhor.

~pi disse...

ir

? sa ir como quem

entra

isabel mendes ferreira disse...

beijo.


obrigada.


prazer em rever.ler-te.

Rui disse...

Talvez seja só necessário escrever um texto de cada vez. Sem pensar no próximo.

L. disse...

obrigado pela visita, vou acrescentar o link

Graça Brites disse...

E tenho andado por cá. A desfrutar o prazer de ler quem escreve brilhantemente. Diria que as suas palavras são elementos de um fogo de campo, bailando por entre chamas tendo por companhia as sombras da noite e uma aragem impregnada de doce melancolia. Obrigada por me ter deixado o mapa necessário para chegar a este destino.

lupuscanissignatus disse...

perante

o talvez

sim

urge

outro

re

começo



Grato pela visita. Abraço.

Claudia Sousa Dias disse...

Talvez esteja na altura de virar uma página.

Mas parar...

...nunca.


Bjo e bom fim de semana


CSD

Manuel Bruschy Martins disse...

tic-tac, tic-tac. E o Baudolinho continua em busca do Prestes João, vá passando o tempo assustadoramente, muito embora.

K disse...

Obrigado pelo teu "regresso" e não peças o repouso. Deixa que o futuro seja traçado a cada teu teclar!

Sophia disse...

Obrigado pelos textos magníficos que nos oferece!
Jamais pode pensar em parar!
A transparência da sua escrita transporta-nos para um mundo único.
Continue! Espero ansiosa pela próxima viagem...

rtp disse...

Andei algum tempo arredada da blogosfera e uma vez "regressada" um dos primeiros destinos de navegação foi o seu imperdível "Eu, baudolino".
Ainda bem que não comecei pelo último post. Iniciei a leitura no ponto onde ficara, ie, nas suas palavras sobre a caminhada até ao horizonte. Mais uma vez, elas me deleitaram.
Por isso, só posso formular o voto de que não seja ainda o tempo do Baudolino aqui para de escrever.

© Maria Manuel disse...

obrigada pela visita.

«escrever livremente»...

Graça Pires disse...

O prazer de escrever livremente...
Não está na hora de parar, agora...
Obrigada pela sua visita.Um abraço.

bettips disse...

Aqui te fazes - ou não, que importa? - catarse. Aqui nos fazemos conhecidos. Pelo nome, pela alcunha, pela angústia, pelos olhares. Aqui não somos chamados: vimos pelo nosso pensamento, seguindo sombras.
Obg. porque afinal não se perde o que se estima.
Acho que ficarás "depois de ter ido ao horizonte".
Abç

Joana Roque Lino disse...

o baudolino não pode parar de escrever. seria um pecado :). não tem um contacto? um abraço.

P disse...

Obrigado a todos os que passaram a propósito deste post. Não é que me apeteça parar de escrever. Reli apenas algumas coisas antigas e pareceram-me bastante banais, cheias, a abarrotar de lugares-comuns e, embora isso não me perturbe porque o que escrevo vale o que vale para o efeito que é, deu-me que pensar sobre caminhos e opções. A verdade é que nunca pensei em nada de concreto a cada post: surgiram e foi tudo. Continuarão a surgir. O que me impeliu ao início continua, independentemente da avaliação mais crítica que possa fazer dos meus textos.
Um abraço
P.

Joana Roque Lino disse...

sabes que texto teu me tocou mais? o dos pescadores (filho e pai). achei-o tão belo, quase como se me tivesse levado até lá. um beijo.

Lídia Lopes disse...

Já vi que não parou e fiquei feliz por isso. Acho que quem o lê gostaria que escrevesse mais vezes aqui e no papel também.
Abraço