30/12/08

Finais de dia com sabor a fim VI

Saíu da cama, sentiu que era tarde demais. Abriu a janela e sentiu o frio cortante. Vestiu-se à pressa e saltou. Correu toda a noite pela cidade. Buscou-a por todos os recantos, seguiu-lhe o cheiro, o riso, a fala, a cor das roupas. Correu até ser dia, até não sentir-se mais. Adormecera no momento errado e dormira em excesso. Restava-lhe agora o sonhar acordado e o dar de beber à dor de uma insónia sem fim.

1 comentário:

Lídia Lopes disse...

Feliz Ano Novo! Espero que continue a encher-nos a alma com os seus maravilhosos textos. Gostaria de os desfolhar em livro um dia.

[Eu ando a tentar resistir a comprar as obras de Orhan Pamuk em Português ou Inglês porque quero lê-las em Turco. Demoro um pouco mais :)Ainda não li "Neve". Estou a ler "O meu nome é vermelho".]