12/11/10

O som dos pés nus ao subir a árvore, o toque da tua mão no meu cabelo, memórias pueris forjadas pelo desejo, como outras. O rodar num campo indefinido até cair e o ver-te cair e tentar proteger-te na queda.
O perfume da erva, da qual escusadamente se dirá que era verde, verde, um fundo de mar, iludido pelo teu perfume doce de frutos e resina.
Faz-se o presente desse cimento colorido, desejo nascido antes de tudo o resto, memória eventual.

3 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

eo que falta para recuperar tudo outra vez?

:-)


aqui fica a provocação.

P disse...

A este sujeito, falta-lhe ir transformando todo o desejo em concretização, memória em futuro. Ou faltar-lhe-á tudo porque o o cheiro a terra lhe traz a ausência definitiva e restará pouco mais do que a memória do desejo ou concretização. Nunca saberei. Mas posso ir dando densidade à personagem.
A provocação fez-me voltar ao texto.

x disse...

ainda bem que existem provocações.

acho que já te disse que fico a saborear os teus textos dias, antes que consiga comentar. são uma parte muito importante daquilo que leio. gosto de sentir as palavras. e escreves tão bem. *