Perto do espelho, onde a espessura da máscara diminui e se liquefaz, sinto-me estranho. O meu compromisso com o que sou não me deixa tanto espaço para o compromisso com o que tenho sido. E sou o mesmo, sendo outro, mais autêntico. No reajustamento da minha configuração tectónica, é complicado compreender a amplitude dos abalos. E há pequenos sismos, consistentes, com réplicas diárias que têm aroma de verdade.
E vai-se diluindo a estranheza, talvez. E vai ficando menos pesado o acordar pesado para o dia que queria riscar do calendário.
4 comentários:
Si. Hay sismos pequeños todos los días. En nuestros corazones y en nuestras almas. Pero también ante nuestros ojos que todo quieren ver.
Los demás sufren, viven sus propios sismos y a veces los comparten. Arreglar nuestra tectónica cardíaca es tarea ardua. Lo sé.
Te mando un abrazo grande.
Amigo Blas!!
Há tanto tempo que não davas notícias por aqui.
Árdua tarefa, sim.
Um grande abraço
P.
há uma identificação perfeita e inelutável. acho que alguns dos sismos na minha vida são criados por mim, escrevi hoje sobre isso no diospireiro. são esses os piores?
não sei talvez não interesse, mas quanto a esses sinto que posso fazer alguma coisa. *
x, mal de nós quando não houver actividade sísmica... Vem de todo o lado e advêem de sermos feitos como somos. Quanto mais procuramos conhecer-nos, se calhar, quanto mais deixamos falar o que há de mais profundo em nós, mais actividade sísmica, mais complexidade tectónica, ou... mais consciência dela: mais dor, talvez, mas também mais esperança.
(isto era eu a pensar 'alto')
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