Para além do frio magnético, para além da Morte em campos azuis, segue o meu desejo de devorar searas sem rasto de destruição.
De sangue, luz, palavras e sabedoria bizarras se fizeram milagres em batalhas e se acumularam corpos com pouca ou nenhuma vida. Baralhos de corpos sem Rei dispostos por naipes. Ao longe, bem longe mas ainda do lado de cá do horizonte plúmbeo, fogueiras ardem. Alguém saberá por que razão aquela madeira arde e porque se eleva o fogo.
Para além do que foi, muito além do meu desejo, ardem searas já ceifadas e limpos ficam os campos.
Para além de mim, são percorridos campos como sinal de respeito, a pé, em passo certo e grave, olhos nas fogueiras extintas ao fim da noite.
6 comentários:
Faz-me pensar como é difícil compreender a natureza humana. Às vezes só resta deambular entre os despojos...
pois é, Ana. ou talvez não.
bj
Paulo
profundo. espero que a inspiração continue a surgir-te com o vento. bom ano para ti e para os teus!
(os chocolates vão a caminho) *
Um excelente e profundo texto. Agradeço e retribuo os desejos de BOM 2011.
Um beijo.
x, obrigado!
obrigado pela visita, Graça.
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