07/02/17

+ citrinos em jardim de paraíso - natureza não-morta

Se o fim do mundo sucedesse aqui e agora, colheria limões. Estão a ficar maduros, o amarelo começa a triunfar sobre o verde. Gostaria que estivesse calor e poderíamos estar nus, a pele morna e húmida. Acabaria o mundo e estaríamos a saborear o prazer de sentirmos o calor da pele um do outro. Nem pensaríamos, às tantas, nos limões. São lindos, os limões, sobretudo se os contemplarmos no dia em que o mundo está a acabar. O mundo a acabar é a hipérbole salvífica de qualquer cena banal.

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