30/10/17

Nasceu-lhe a filha. Subiu a rua. Contaram-lhe, no meio de felicitações diversas, que só depois desse momento se conhece face a face a incerteza do passo, a dúvida que não se desvanece, o medo da perda, o prazer do encontro do olhar. E ele pensou em como tudo isso ser banal.
Quando tudo é, para ti, banal, até o nascer-te uma filha, talvez não te reste muito a esperar, para além de te saberes morto.

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