Porque te vejo adormecer, dando descanso a tudo o que és, paz e turbilhão, decidi que um dia te escreverei uma carta para que leias no futuro, embora já saibas que palavras, sorrisos e tempestades podes aí encontrar. E poderemos continuar a caminhar ao som da tua voz, da minha, e faremos das nossas conversas um luar sobre a espuma das nossas ondas. E contemplarei os teus filhos e levar-me-ás ao colo ser queixumes e riremos do primeiro Natal, do nono aniversário, do primeiro amor, das dores das perdas e das alegrias ansiosas dos partos, do vigésimo aniversário e de quando inventei histórias sem sentido para te fazer feliz. E dar-te-ei os parabéns, mesmo que não me vejas. E saberás que nos liga mais do que meia dúzia de Primaveras e de cordões umbilicais.
3 comentários:
gostei:)
belo como um filme que
nunca vi
[ que nunca hei-de querer
ver,
~
uff... faz-me lembrar algo que ainda não sinto, algo que tem a ver com a maternidade, num sentido incrivelmente profundo. lindo. *
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