11/11/10

Exponho a luz, disponho objectos, um por um, no parapeito da janela.
Iluminados, perdem o medo, os objectos.
Diria que ganham uma vida, se o fosse, mas é apenas uma foto-vida, proto-vida.
Colocaria à janela a vida-objecto, como luz, fruta madura até decompor.
Tudo o que é são terá de deixar de o ser: evidência dispensável.
Dispus-me, um por um, no parapeito da janela a amadurecer.
O resto será evidência dispensável.

2 comentários:

Lídia Lopes disse...

Que bom que gostou de Istambul!
Abraço.

x disse...

«O resto será evidência dispensável.»

o verso é perfeito, tem uma 'fonética' majestosa. *