Exponho a luz, disponho objectos, um por um, no parapeito da janela.
Iluminados, perdem o medo, os objectos.
Diria que ganham uma vida, se o fosse, mas é apenas uma foto-vida, proto-vida.
Colocaria à janela a vida-objecto, como luz, fruta madura até decompor.
Tudo o que é são terá de deixar de o ser: evidência dispensável.
Dispus-me, um por um, no parapeito da janela a amadurecer.
O resto será evidência dispensável.
2 comentários:
Que bom que gostou de Istambul!
Abraço.
«O resto será evidência dispensável.»
o verso é perfeito, tem uma 'fonética' majestosa. *
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